No actual quadro da corrida aos armamentos e militarização das relações internacionais protagonizadas pelos EUA/NATO/UE, qualquer iniciativa que - mesmo que de forma limitada e insuficiente -, contribua para o controlo das exportações de armas será um passo na direcção necessária.
No entanto, o que caracteriza a UE é a sua opção de "conferir um novo impulso à "Europa da defesa" (eufemismo para a ingerência e agressão), afirmando, "uma vez mais o seu objectivo de alargar a parceria estratégica entre a UE e a OTAN e de adaptá-la às actuais necessidades, num espírito de complementaridade e de reforço mútuo".
Basta ter em consideração a proposta de conclusões do Conselho Europeu, de 11 e 12 de Dezembro, quanto ao "reforço da política europeia de segurança e defesa (PESD)" - que prepara a posição das grandes potências da UE para a Cimeira da NATO de Abril do próximo ano -, que perspectiva um salto qualitativo na dita "estratégia europeia de segurança" (de 2003) e a fixação de novos objectivos para "reforçar e optimizar as capacidades europeias nos próximos dez anos", para que a UE "esteja em condições de levar a cabo, em simultâneo, fora do seu território, toda uma gama de operações civis e militares de diferentes dimensões e correspondentes aos cenários mais prováveis".