A propósito desta resolução, podemos dizer que o capitalismo revela, cada vez mais, a sua natureza e as profundas contradições, já que é um sistema que não resolve os problemas da Humanidade, antes os agrava, fomentando desigualdades, injustiças, pobreza.
À medida que a hegemonia imperialista vai sendo posta em causa, também as suas potências vão procurando "coordenar" estratégias para perpetuar o que é insustentável: a manutenção do sistema e das políticas neoliberais que geram, ciclicamente, a crise que hoje atravessamos.
Esta resolução comum é disso exemplo: falha na análise essencial das razões da crise; não pretende travar seriamente a especulação do preço dos alimentos; insiste em medidas que visam a liberalização do comércio internacional; falta-lhe firmeza de posição na resolução do problema da Palestina, ao mesmo tempo que "esquece" outras questões essenciais, como é a exigência de libertação imediata e efectiva dos 5 cubanos. Ao mesmo tempo, repete-se o processo que levou à recente ingerência externa na Líbia, com o método e as consequências conhecidas, abrindo caminho à possibilidade de novas guerras na Síria e no Irão, com o perigo de generalização do conflito a toda a região do Médio Oriente.
Por isso, votamos contra esta resolução.