Não deixando de evidenciar as contradições inter-imperialistas, a presente resolução reafirma a concertação entre a UE e os EUA e o objectivo de reforçar a sua associação - particularmente, perante as próximas eleições presidenciais nos EUA -, para a partilha da "responsabilidade" do mundo.
A resolução reafirma a UE como pilar europeu da NATO, aliás como consignado na dita "Estratégia Europeia de Segurança" e insta à intensificação da "colaboração num vasto âmbito de desafios políticos de interesse comum, nomeadamente no Médio Oriente, Irão, Iraque, Kosovo e Balcãs Ocidentais, no Afeganistão e em África".
Antecipando os 60 anos da NATO, a resolução solicita o lançamento de "uma parceria UE-NATO redefinida e mais forte" e aponta a adaptação da "estratégia europeia de segurança" ao novo conceito estratégico da NATO, em discussão. E, na senda do militarismo do tratado "de Lisboa", afirma aguardar "com expectativa uma reavaliação da dimensão da segurança nas relações UE-EUA, à luz dos resultados da revisão estratégica da NATO, da actualização da "estratégia europeia de segurança" e da entrada em funções de uma nova Administração norte-americana".
Isto é, o erguer e o afirmar da UE como bloco político-económico-militar, que ambiciona a partilhar o domínio do mundo (procurando reequilibrar as suas relações) com os EUA.
Os povos e o mundo que se cuidem...