No final de uma arruada pelo centro de Faro, em que contactou com comerciantes e população, Paulo Raimundo rejeitou que o povo daquele concelho algarvio esteja condenado a escolher entre três opções que, no fundo, conduzem a um mesmo caminho de especulação e cedência aos interesses privados, numa mesma política «em que tudo é negócio». Faro, garantiu o Secretário-Geral do PCP, não pode ser um restort turístico.
Durante o percurso, a comitiva da CDU foi abordada por dois jovens estudantes da Universidade do Algarve, que manifestaram a sua preocupação quanto ao futuro: depois das propinas e das residências, seguir-se-ão as dificuldades em arranjar emprego, sobretudo com estabilidade e salários dignos. Com a CDU de volta ao executivo municipal, sublinhou Paulo Raimundo, os problemas da juventude, dos trabalhadores e dos comerciantes – que sofrem pressões dos “tubarões” que querem abocanhar os seus negócios – voltarão a ter voz na autarquia.
Antes, o primeiro candidato à Câmara Municipal, Duarte Baltazar, enunciou aspectos centrais do programa da CDU para Faro, destacando os necessários apoios à cultura, às artes, ao desporto e à ciência e soluções para a dramática questão da habitação. Desde há 36 anos que praticamente não é construída habitação social no concelho e há perto de 4000 casas vazias, denunciou.
Participaram na iniciativa vários candidatos da CDU, entre os quais Filipe Parra, primeiro candidato à Assembleia Municipal, e os candidatos às assembleias de freguesia de Santa Bárbara de Nexe, Estói e Montenegro, respecitvamente Carlos Costa, Rui Pires e Isa Martins.