Esta cerimónia de apresentação pública dos candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa às próximas eleições legislativas não constitui, ao contrário do que acontece com os nossos adversários políticos, um mero acto circunstancial onde se pavoneiam vaidades pessoais, mas, sim, a constatação de um facto indesmentível: que estas mulheres, estes homens são cidadãos inteiramente determinados a defender a soberania e a independência nacionais, o regime democrático de Abril, numa dedicação sem limites ao serviço do Povo e do País e no claro apoio às classes trabalhadoras e a todos quantos sofrem as consequências da política neoliberal em curso.
Estes candidatos não enganam ninguém como, aliás, os nossos eleitos têm demonstrado na Assembleia da República, onde granjearam respeito pelo trabalho parlamentar, que têm desenvolvido com competência e honestidade, sempre na defesa intransigente dos verdadeiros interesses nacionais.
Temos, então, boas razões para depositar toda a confiança neste conjunto de candidatos que se inserem num colectivo muito vasto e enriquecedor como é a Coligação Democrática Unitária.
A CDU tem bem presente que o acto eleitoral de Outono se reveste de primordial importância para o futuro de Portugal, numa altura em que se regista um mui grave deficit democrático, numa altura em que importa reflectir seriamente sobre as condições em que funciona a nossa Democracia e sobre as constantes violações de direitos constitucionais que quotidianamente se assinalam.
A campanha eleitoral em que estamos vivamente empenhados decorre num momento em que se aprofunda a crise, com o governo a não cessar na sua deliberada acção que tanto tem empobrecido o País e criado tantas injustiças sociais, ao mesmo tempo que concorre para a destruição do aparelho produtivo nacional, entregando de mão beijada a grupos económicos e financeiros empresas públicas estratégicas, essenciais ao desenvolvimento do País. Governo que se ajoelha vergonhosamente perante as ordens que recebe da Alemanha, do FMI, do BCE e da UE.
Temos de combater, cada vez com mais firmeza, esta política antipatriótica.
Como factor fundamental para se enveredar para uma fase de desenvolvimento económico, há que proceder a urgente renegociação da dívida externa que o Partido Socialista, através do seu secretário geral, António Costa, já fez saber que recusa. E recusa porquê? Porque o PS, como primeiro responsável pela entrada da troika, continua a posicionar-se servilmente face às instituições capitalistas internacionais.
O quadro político, social e cultural do País é realmente muito preocupante: endividamento do País, desemprego alarmante - o que desmente a mentira ultimamente propalada por Passos Coelho - intensa mancha de pobreza, encerramento contínuo de micro, pequenas e médias empresas, investimento público ou privado em queda acentuada, fraco consumo interno, diminuição flagrante das funções sociais do Estado, hipotecas de milhares de habitações de cidadãos com dificuldades económicas, emigração forçada de centenas de milhar de portugueses nomeadamente de jovens bem preparados e qualificados académica e profissionalmente
Estes são apenas alguns exemplos das consequências das políticas adoptadas ao longo de trinta e nove anos por sucessivos governos do PS, PSD/CDS e que acabaram por culminar na terrível crise com que ora nos defrontamos.
A generalidade dos portugueses vive horas de grande dramatismo, sem perspectivas de um futuro conducente com os seus legítimos anseios pessoais e familiares.
Companheiras e companheiros, a CDU enfrenta a realidade com propostas firmes, credíveis, susceptíveis de relançar o País para os caminhos da Democracia de Abril. Não o faremos com vagas e ambíguas intenções economicistas como as anunciadas pelo PS que, a serem aplicadas, acabarão por prolongar a crise que o governo, apoiado pelo Presidente da República, continua a agravar.
Na campanha eleitoral vamos contactar e esclarecer o mais possível as populações sobre as nossas propostas patrióticas que visam a mudança de política para uma verdadeira política de esquerda. É tempo de uma real alternativa política como aquela a que a CDU se dispõe, e pôr termo às alternâncias entre partidos situados à nossa direita que conduziram o País para visível e acentuado declínio.
Vamos contactar cidadãos descrentes, desanimados, no sentido de lhes apresentar as nossas ideias e para os convencer para a necessidade de votarem e votarem na CDU porque a abstenção nunca concorrerá para a solução dos seus efectivos problemas.
É uma tarefa exigente. Mas a CDU vai à luta. Importa aumentar a nossa influência política com mais votos e com mais deputados. CDU que integra o Partido Ecologista Os Verdes e o Partido Comunista Português verdadeiros pilares da Democracia e que, em nome da Intervenção Democrática, saúdo com alegria, com fraternidade.
Amigos, o País precisa da CDU! E a CDU saberá corresponder e avançará para as eleições com toda a determinação, com toda a confiança.
Viva a CDU
Viva Portugal