Declaração de voto de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Capacitar os jovens europeus: emprego e relançamento social após a pandemia

Os jovens precisam de uma resposta global aos seus problemas, uma resposta de rutura com as políticas neoliberais, prosseguidas pela UE e que empurram, por essa União Europeia fora, milhares de jovens para a emigração.
Os jovens têm o direito a estudar e a formar-se, sem entraves como são as propinas, a insuficiência de bolsas ou a falta de alojamento. Negar isto é comprometer o futuro dos nossos jovens e atrasar o nosso país.
Os jovens, para se emanciparem, precisam de encontrar habitação condigna a valores comportáveis e precisam de uma lei do arrendamento que lhes dê segurança. Recusar isso é eternizar a dependência e impedir milhares de jovens de começar a sua vida.
Os jovens que querem constituir família, além de habitação, não podem ter relações laborais precárias. Têm de ter contratos de trabalho estáveis, que lhes deem segurança e perspetivas de futuro. Os jovens precisam de saber que não vão ser dispensados com uma mão à frente e outra atrás. As jovens trabalhadoras não podem ser despedidas por engravidarem. Os jovens pais trabalhadores têm de ter horários regulados e os seus filhos têm o direito de aceder gratuitamente a uma rede pública de creches, assim como a todos os graus de ensino. Os jovens têm direito a salários dignos que os permita viver de cabeça erguida e sem mão estendida. Os jovens têm direito a viver sem medo do patrão e que o Estado garanta o respeito pelos padrões mais elevados em matéria laboral e social.
Os jovens têm direito ao lazer, ao desporto e à cultura. A coberto da COVID-19, a situação dos jovens agravou-se.
O direito ao desporto, à cultura e ao lazer foi posto de facto em causa, por regras que não tiveram em conta a importância destas atividades para a saúde física e mental dos jovens.
Em Portugal, milhares foram despedidos ao abrigo do período experimental, muitos viram os salários cortados, os direitos postos em causa, os horários desregulados. Os jovens não são um artifício retórico. Os jovens, os seus problemas e aspirações não devem ser usados como instrumento de propaganda de um projeto que há décadas atenta contra o futuro dos jovens.

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