O início do verão revelou, no sector da aviação europeia, as consequências das politicas que, durante a pandemia, determinaram o despedimento de 7 milhões de trabalhadores diretos e indiretos, não existindo capacidade operacional generalizada em diversas áreas - assistência em terra, pessoal de bordo, manutenção, controlo aéreo, entre outros - para responder ao aumento esperado da operação.
Caos generalizado nos aeroportos, esperas intermináveis, serviços limitados - como o apoio a passageiros com mobilidade reduzida -, milhares de voos atrasados e cancelados. As companhias anunciam o cancelamento de voos: 10mil EasyJet, 3mil Lufthansa, 700 BrusselsAirlines, ...
A situação actual, afectando milhões de passageiros, é indissociável das políticas da UE de liberalização do sector da aviação, de precarização das relações laborais, do favorecimento das companhias low-cost, ou da imposição de planos ditos de reestruturação, como o imposto à TAP, envolvendo milhares de despedimentos.
Pergunto à Comissão:
- Que avaliação faz desta situação e das responsabilidades da política da UE neste processo?
- Que medidas pensa propor para responder aos problemas existentes, alargar o emprego defendendo a estabilidade e os direitos dos trabalhadores neste setor?
- Considera abdicar das imposições que tem vindo a fazer ao abrigo de planos de reestruturação, que acentuam dificuldades em lugar as resolver?