Analisamos mais um pedido de assistência financeira da UE a trabalhadores do sector têxtil na sequência do despedimento de 560 trabalhadores em 198 empresas na Região de Comunidad Valenciana, Espanha, despedimentos associados às chamadas mudanças estruturais nos padrões do comércio mundial decorrentes da globalização, devido ao termo do Acordo transitório sobres os Têxteis e o Vestuário da OMC e a uma maior exposição à concorrência global.

Em 2004, alertámos para as consequências das negociações em curso na OMC, no âmbito da Agenda de Doha.

Posteriormente, em 2005, reafirmávamos as consequências para o sector têxtil e do vestuário das negociações no quadro da OMC, que promoviam e tentavam impor uma cega e violenta liberalização do comércio mundial, com gravíssimas consequências económicas e sociais.

Aí estão os trabalhadores mais uma vez a pagar a factura! Sendo importante apoiá-los, reiteramos as nossas reservas e posição crítica relativamente a este Fundo, por considerarmos que seria mais importante terem sido tomadas medidas de prevenção do desemprego, visando evitá-lo.

Para isso, é imperioso outro rumo para a Europa, uma Europa onde os trabalhadores vejam os seus direitos laborais e sociais reconhecidos.