Senhor Presidente, as redes transeuropeias trouxeram de volta o transporte ferroviário, símbolo do investimento e do serviço públicos que caracterizaram décadas e ilustraram epopeias de conquistas de acessibilidades para espaços assim humanizados.
A deriva liberalizadora, de classe, como outras colaterais, teria de chegar ao caminhodeferro, como á educação, como à saúde e à água, erigindo a economia de mercado em ideologia única e fundamentalista. Não que, saudosos, queiramos que o tempo volte para trás. Mas queremos contribuir para que os caminhosdeferro, e com eles os serviços públicos, entrem nos carris do futuro em benefício das populações, não exclusivamente movidos por interesses financeiros, servindo poucas terras e passando a altas velocidades. Redes interoperacionais, articulação multimodal, efectiva segurança, salvaguarda ambiental, participação e responsabilização real de EstadosMembros como parte essencial de uma estrutura ferroviária são condições para que assim possa ser. Pelo que agradeço aos relatores o seu trabalho.