Joaquim Miranda, deputado do PCP ao PE, no debate conjunto sobre os caminhos de ferro na UE expressou apoio a todas as medidas que tenham em vista reforçar o papel do transporte ferroviário, invertendo a actual situação de favorecimento da rodovia, nomeadamente, pela harmonização de normas técnicas e pelo fim dos pontos de estrangulamento na rede internacional, estabelecendo, ao mesmo tempo, elevados padrões de segurança, salientando, que a interoperacionalidade pretendida não se alcançará através da liberalização do sector, pois onde esta se verificou, os operadores privados não responderam, nomeadamente, às elevadas necessidades de investimento.
Por outro lado criticou relatórios que, ultrapassam tudo e todos, apontam para a liberalização total do sector - frete e passageiros - até 2008, a proposta da Comissão de antecipação da abertura ao mercado do transporte internacional de mercadorias, assim como a proposta de que os Estados sejam impedidos de definir padrões de segurança mais elevados do que os da União, apenas para não criar dificuldades à abertura do mercado. Pelo contrário, defendeu a existência de um serviço público de transportes ferroviários de qualidade e com segurança que estimule, efectivamente, a sua utilização.
Por isso, subscreveu, com o Grupo GUE / NGL, uma proposta de rejeição da liberalização total do sector ferroviário até 2008 e da antecipação da abertura ao mercado do transporte internacional de mercadorias.