O Governo/PS Sócrates, através do seu Secretário de Estado, Manuel Pizarro, reuniu “secretamente” com os Presidentes de Câmara do Distrito de Bragança para tramarem as populações do Nordeste Transmontano. Decidiram encerrar os SAP’s de 8 concelhos, durante a noite.

Os autarcas (do PS e do PSD) revelaram, mais uma vez, a sua subserviência perante o poder central. Esta atitude não os dignifica, antes os humilha: o seu silêncio remete-os para figuras pequenas e mesquinhas.

A medida governamental veio demonstrar que o PCP, infelizmente, tinha razão: quando denunciou a política de saúde do Governo/PS, com a anuência do PSD e do CDS, de destruir o Serviço Nacional de Saúde e prejudicar gravemente as populações do interior do País. Como já afirmou um governante “Quem quiser Saúde que a pague!”.

Também, as declarações de Mota Andrade, responsável máximo político do PS no distrito, dias antes desta medida criminosa e drástica, a propósito da eventual criação de uma Unidade Local de Saúde, pressagiavam a morte há muito anunciada deste Serviço de Atendimento Permanente, em cada concelho. Sempre que o responsável distrital do PS fala acontece uma desgraça!

Se por outro lado, tivermos em conta o Despacho nº 19.264/2010, de 29 de Dezembro, que determina que o Serviço Nacional de Saúde deixará de pagar os transportes de doentes não urgentes e a cumplicidade de alguns autarcas na construção de hospitais privados em Bragança e Mirandela, é fácil concluir – porque a prova está feita – que o PS e do PSD pretendem e estão a conseguir destruir o Serviço Nacional de Saúde na região. O SNS é uma conquista indiscutível da Revolução de Abril!

A DORBA do PCP, não concorda com esta medida anti-saúde (autêntica política de terra queimada) e considera que as populações ficarão ainda mais fragilizadas e mais desprotegidas, tanto nos cuidados de saúde primários, como no acesso às consultas e tratamentos nas especialidades: deixando de ter os mesmos direitos dos cidadãos do País.

Neste sentido, a DORBA do PCP exorta todos os transmontanos, e particularmente as populações directamente afectadas a não se deixarem ficar prejudicadas por mais esta medida que pretende acabar de vez com as já muito débeis condições de assistência na saúde. Podem contar, desde já, com o apoio do PCP que em sede própria, Assembleia Municipal e Assembleia da República, não deixará de denunciar mais este crime.

O PCP reafirma a necessidade de uma rotura com as políticas de direita e a construção de uma alternativa democrática e de esquerda.