O grupo Bosch, uma das maiores sociedades industriais privadas a nível mundial, opera em varias áreas nomeadamente na tecnologia automóvel, tecnologia industrial, tecnologias de construção e na produção de bens de consumo.
Da Bosch Car Multimedia, situada em Braga, chegam-nos relatados de violação flagrante e reiterada dos direitos dos trabalhadores, designadamente ao nível da desregulamentação dos horários de trabalho e do recurso a mão-de-obra precária. Estas violações colidem com normas da EU e da OIT.
Apesar de ter recebido ao longo das últimas décadas muitos milhões de euros em apoios diversos (Fundo Social Europeu, FEDER através do programa COMPETE etc.), a empresa recusou uma proposta de reunião solicitada pela minha pessoa, na qualidade de deputado do PCP no Parlamento Europeu. Recusou igualmente a nossa solicitação para reunir com as organizações representativas dos trabalhadores dentro da empresa, pelo que esta reunião acabou por ser feita à porta da empresa.
A função fiscalizadora, a par das funções legislativa e orçamental, constitui uma trave mestra do papel do Parlamento Europeu. Posto isto, pergunto à Comissão Europeia como é possível a uma empresa largamente beneficiária dos apoios comunitários, recusar reunir com um deputado do Parlamento Europeu e que medidas pensa tomar junto da empresa para corrigir esta lamentável situação.