Seria fácil antever as consequências sociais do aumento das taxas de juro:
- O empobrecimento de amplas camadas da população, em especial dos trabalhadores, ao mesmo tempo que se garante uma enorme transferência de riqueza para o sector financeiro, para os bancos.
- O abrandamento económico,
- o risco de recessão e o aumento do desemprego.
A realidade está a demonstrar que a vossa política visa atingir premeditadamente as condições de vida dos trabalhadores, das mulheres, dos jovens.
Aí estamos perante a falácia da independência do BCE, que, afinal, está ao serviço dos interesses da banca e do capital financeiro.
Aí está a ser demonstrado como a aplicação de uma mesma política monetária impacta de forma diferenciada países com situações económicas e estruturais distintas.
Portugal e os portugueses são dos que mais sofrem, como até já reconheceu a própria Comissão Europeia.
Basta que sejam sempre os mesmos a pagar.
Para além de medidas imediatas, urgentes e necessárias, a situação demonstra a necessidade da recuperação da soberania monetária e de assegurar o controlo político, democrático, de decisões que afectam profundamente a vida das pessoas.