Como aqui foi reconhecido, as prolongadas medidas não convencionais de política monetária, não têm sido suficientes, por si só, para travar a pronunciada desaceleração económica, além de que tendem a esgotar o seu alcance.
Não sabemos quando virá o próximo pico de crise, mas sabemos que encontrará as economias da periferia da Zona Euro tão desprotegidas como há uma década. Com o elevado endividamento - ele próprio uma consequência da moeda única - e esgotado o alcance das medidas não convencionais do BCE, ficará mais exposta toda a vulnerabilidade destes países. Presos na armadilha do euro.
Armadilha que impõe políticas, designadamente no plano orçamental, que travam o crescimento, esmagam o investimento e os salários, degradam o aparelho produtivo e os serviços públicos.
Os mesmos que dizem ser necessária uma política orçamental favorável ao crescimento, tudo fazem para impor o obstinado cumprimento do pacto de crescimento, versão revista e reforçada.
Eis a armadilha do euro. Querem aprofunda-la. É necessário, porém, desmonta-la.