Declaração escrita de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Balanço da Presidência húngara

Esta Presidência húngara foi ensombrada por muitos factos que vão desde as polémicas internas até à evolução cada vez mais negativa da União Europeia.

Nas polémicas internas, com repercussão no debate no Parlamento Europeu, destaca-se o conjunto de ataques às liberdades e direitos fundamentais, designadamente no âmbito da lei de imprensa e na revisão da Constituição da Hungria, o que consubstancia um retrocesso nos direitos das mulheres, dos trabalhadores, dos intelectuais e da população húngara em geral.

Nas questões da União Europeia, embora a responsabilidade em geral não seja apenas da Presidência, é preciso ter em conta que foi durante este período que se arrastou a crise do euro, que se impuseram condições inadmissíveis à Grécia, a Portugal e à Irlanda, que se avançou na área da dita governação económica, sempre na defesa dos grupos económicos e financeiros e contra os trabalhadores e os povos.

Por último, recordar também que foi durante esta Presidência que se retomaram as ingerências militares, em colaboração estreita com a NATO e os EUA, de que é exemplo a Líbia, além de se terem intensificado os ataques a direitos sociais e laborais, incluindo dos imigrantes, designadamente de África.

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