Foi reconhecido pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu que o impacto da introdução do euro na União Europeia foi superior aos previstos 0.16%, mas bastante inferior aos efeitos sentidos pelas organizações de consumidores e às divulgações que alguns bancos centrais nacionais fizeram sobre a inflação.
Apesar de não ter havido, até agora, uma análise pormenorizada sobre os efeitos da introdução do euro, em Portugal, esta pressão inflacionista foi amplamente sentida o que levou a deputada do PCP ao PE, Ilda Figueiredo, a apresentar uma resolução de iniciativa sobre os efeitos do euro e uma alteração ao relatório sobre "o papel internacional da zona euro" aprovado na sessão plenária de Julho. Nesta alteração, aprovada e integrada no relatório final, a deputada do PCP ao PE mostra a sua preocupação com a evolução dos pagamentos de serviços e comissões bancárias na zona euro, sendo necessário, na sua opinião, fazer uma avaliação completa, averiguando a ocorrência de aumentos excessivos, nomeadamente dos pagamentos internos, de cobranças ilegais e o aumento dos custos das taxas nos pagamentos transfronteiras, fortemente penalizadores para os consumidores.
Suécia vai a votos no Euro
Vai realizar-se no próximo dia 14 de Setembro, na Suécia, um referendo sobre a sua adesão à União Económica e Monetária. Este referendo ocorre após a segunda vitória do NÃO na Dinamarca e o adiamento da decisão do Reino Unido. As ultimas sondagens, em Julho de 2003, mostravam que o "não" levava uma clara vantagem, 52% face aos 35% do "SIM". O Partido de Esquerda (Suécia), que integra o GUE/NGL, grupo a que pertencem também os deputados do PCP ao PE, tem vindo a intensificar a sua luta pela campanha do "NÃO".