Este relatório apresenta diversos aspectos pertinentes na avaliação intercalar do 7º Programa-Quadro em matéria de investigação e desenvolvimento tecnológico, destacando-se a preocupação de assegurar a participação de 40% de mulheres investigadoras, sendo que, actualmente, esse valor não ultrapassa os 25,5%, além de reconhecer que "a Europa continua a registar um atraso em relação aos EUA e está a perder a posição de vanguarda que tinha relativamente às economias emergentes". O relatório também "lamenta que a maioria do trabalho científico na UE ainda seja realizada em condições laborais precárias".
Mas há alguns aspectos que nos suscitam preocupações, nomeadamente os princípios que norteiam o Espaço Europeu de Investigação, já que este deve primar pela cooperação entre redes de investigação e colaboração genuínas, invertendo quaisquer tendências de concentração de recursos científicos e humanos nos países mais desenvolvidos, mitigando as desigualdades hoje existentes nos sistemas nacionais de investigação.
é preciso apoiar a investigação pública e disponibilizar os seus resultados de forma simples e desburocratizada para a inovação de micro, pequenas e médias empresas, seja numa perspectiva de eficiência energética, seja de recurso a novas fontes de energia e novos processos de produção, seja de reciclagem e melhor aproveitamento dos recursos, geradores de empregos com direitos, seja ainda na área social e humana, visando o progresso social.