Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Avaliação da conformidade e a aceitação de produtos industriais

A aprovação deste acordo é deplorável e elucidativa da hipócrita postura da UE no que aos direitos humanos diz respeito.
O estreitar de relações comerciais entre a UE e Israel - baseado numa eliminação das barreiras técnicas ao comércio, através da padronização da legislação e infra-estrutura (princípio subjacente aos ACAA) - dá-se numa altura em que se aprofundam as sistemáticas violações, por parte de Israel, dos mais elementares direitos do povo de palestino. Poucos dias depois de Israel, em manifesta afronta ao direito internacional e às inúmeras resoluções da ONU, ter avançado para novos colonatos. São diárias as violações dos direitos humanos nos territórios ocupados. Territórios de onde poderão ser originários alguns dos produtos que caem no âmbito deste Acordo
A UE faz vista grossa. O negócio está primeiro.
A política de dois pesos e duas medidas fica bem visível quando, relativamente a outros Estados, se invocam precisamente as violações dos direitos humanos para impor sanções, de vária ordem. É o caso recente do Irão, onde também a "ameaça nuclear" foi invocada. Para agora ser convenientemente esquecida no caso de Israel - a única potência nuclear da região que ainda recentemente se recusou a participar na conferência da ONU, em Helsínquia, sobre "um Médio Oriente livre de armas nucleares".

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