Esta mobilização extraordinária acontece porque os trabalhadores, que produzem a riqueza (são eles que criam a riqueza, são eles que põem a sociedade a funcionar, a economia a funcionar) depois se confrontam com esta injustiça brutal: os grupos económicos a concentrarem cada vez mais lucros (até de forma escandalosa), e depois, para os trabalhadores sobram migalhas. Isto não pode ser. O aumento geral de salários é uma emergência nacional, é uma exigência justa dos trabalhadores que não estão a pedir nada demais: estão a pedir respeito, dignidade e aumento de salários, que é o fundamental para dar resposta aos problemas que enfrentam hoje, nomeadamente o custo vida.
Maio está vivo, Maio tem força e é justa a reivindicação dessas pessoas, independentemente das idades. Nós estamos aqui a exigir mais salários, estamos aqui a exigir melhores condições de vida, mas também estamos aqui a exigir melhores pensões. O aumento geral das pensões com efeitos imediatos e retroativos a Janeiro. É por isso que esta manifestação tem esta dimensão toda: a dimensão e a diversidade das idades e a forma determinada e confiante. A força que está aqui na rua hoje é uma força que vai continuar a exigir e reivindicar.