A condenação do ataque israelita à frota com ajuda humanitária
Sr. Presidente,
Sr.ª Deputada Catarina Martins,
Deixe-me começar por perguntar-lhe se não acha um exercício de pura hipocrisia afirmar-se que foi um «exército regular» — como é aquele de que dispõe Israel — a vítima da agressão por parte dos cidadãos e cidadãs que seguiam a bordo dos barcos que viajavam para Gaza com ajuda humanitária.
Não considera que o acto de barbárie cometido contra cidadãos indefesos — acto que está testemunhado, inclusive, nos muitos vídeos que circulam hoje no mundo inteiro — necessita de
um inquérito para que se possa tomar uma atitude mais firme, mais decidida de condenação inequívoca desse mesmo acto?
Acha aceitável que se condene apenas o uso excessivo da força e que não haja, isso sim, uma
condenação clara e inequívoca do acto que impediu que a ajuda humanitária pudesse chegar a uma população que vive num verdadeiro campo de concentração imposto, ilegal e arbitrariamente, pelo Estado de Israel?