Apesar do objectivo principal deste relatório ser a aprovação de uns ajustamentos técnicos relativos ao Acordo euro-mediterrânico, este não pode ser dissociado da questão central inerente a este acordo.
Como tivemos oportunidade de denunciar aquando da aprovação do acordo ACAA, condenamo-lo veementemente. Condenamos a postura deplorável e hipócrita da UE de total complacência perante os crimes cometidos por Israel contra o povo palestino. Voltamos a discutir este acordo numa altura em que o Estado de Israel descerra uma série de violentos ataques sobre a Faixa de Gaza provocando já dezenas de mortos, incluindo civis e crianças.
As hipócritas cláusulas de “direitos humanos” que a UE inclui nos seus acordos de nada servem nestes casos. Nem uma única vez foram accionadas para suspender o Acordo, como se exigia, perante as sistemáticas violações dos direitos humanos por parte de Israel.
Esta política da UE, de dois pesos e duas medidas, fica bem visível quando, relativamente a outros Estados, se invocam precisamente as violações dos direitos humanos para impor sanções de vária ordem.