Somos favoráveis ao princípio da cooperação internacional e à ajuda de países que atravessam pelos mais diversos motivos dificuldades económicas.
Contudo, esta cooperação deve ser genuína e baseada no respeito pela soberania dos Estados e pelo seu direito de poder dispor dos seus recursos e escolher o seu modelo de desenvolvimento.
Apoiar a Tunísia a melhorar as suas finanças públicas, a reformar o seu sistema financeiro, melhorar o seu quadro regulamentar do comércio e de investimento, ou ainda corrigir a sua situação orçamental sai claramente fora desta cooperação genuína que defendemos.
Assemelha-se mais à imposição de reformas destinadas a impor um modelo assente na completa liberalização da economia. São reformas que a UE impõe aos seus estados membros e cujos resultados estão à vista.
Repudiamos por isso esta dita ajuda, porque ela não é isenta de condicionalidade. Impõe ao povo Tunisino um modelo que, tal como aqui na Europa, irá gerar e médio prazo mais desigualdade e mais pobreza.