Pergunta Escrita à Comissão Europeia de João Ferreira, Inês Zuber no Parlamento Europeu

Assassinatos e ameaças a activistas e responsáveis políticos na Colômbia

Diversas organizações e movimentos sociais, de vários países, vieram recentemente a público denunciar o assassinato de três membros do movimento político recém constituído na Colômbia denominado Marcha Patriótica. Denunciam também as ameaças de morte contra a senadora colombiana Piedad Cordoba, líder do movimento “colombianos e colombianas pela paz”, destacada lutadora em defesa de uma saída política para o conflito armado colombiano.

Na origem destas ameaças de morte, recordam, estão grupos paramilitares como os denominados “autodefesas unidas da Colômbia”, “Los Rastrones” e “Las Águilas Negras”, que têm por detrás o envolvimento de sectores da elite política do país. Estas ameaças são acompanhadas de tentativas de inviabilização da construção de um diálogo que possa levar a uma saída negociada ao conflito que já ultrapassa quatro décadas de existência.

Face a estas novas denúncias e tendo em conta outras anteriormente feitas (E-000184/2011, E-006701/2011, E-002210/2011, entre outras), solicitamos à Alta Representante que nos informe sobre o seguinte:

1. Que informações dispõe sobre estas denúncias?
2. Que medidas tomou ou vai tomar na sequência das mesmas?
3. Que implicações daqui retira quanto ao futuro do Acordo de Associação UE-Colômbia? Em que circunstâncias admite a Comissão Europeia denunciar este Acordo, tendo em conta as reiteradas violações de direitos humanos na Colômbia? Não dispõe este Acordo de disposições que prevejam a sua denúncia em caso de violações de direitos humanos?

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