O momento que estamos a viver deveria implicar uma mudança de fundo nas políticas e prioridades da União Europeia. Quando o desemprego atinge números alarmantes, com mais de 24 milhões de desempregados e um aumento superior a cinco milhões apenas durante o último ano, o que também contribuiu para o agravamento da pobreza que hoje atinge mais de 80 milhões de pessoas, impõe-se um Pacto de Desenvolvimento e Progresso Social, que aposte na produção, designadamente agrícola e industrial, no emprego com direitos e na inclusão social, em vez de voltar a insistir no Pacto de Estabilidade e nas liberalizações.
As receitas neoliberais contribuíram para aumentar as desigualdades, favorecer os ganhos e lucros dos grupos económicos e financeiros enquanto, em média, mais de 21% dos jovens não conseguem um emprego, uma em cada cinco crianças vivem uma situação de pobreza e as discriminações das mulheres voltam a aumentar.
Por isso, o desafio que se impõe é uma ruptura com estas políticas actuais, para responder aos justos anseios e lutas dos trabalhadores e das populações dos nossos países.