Numa reunião recente com associações de imigrantes da freguesia do Vale da Amoreira, no concelho da Moita, pude testemunhar a importante função social desempenhada por estas associações, particularmente relevante num momento de profunda crise económica e social, como aquele que se vive em Portugal.
A Associação de Cabo-verdianos, por exemplo, é responsável pela prestação de apoio alimentar a mais de 1000 pessoas. A continuidade desta ajuda, prestada ao abrigo de um protocolo com a Segurança Social, está todavia em risco, devido à suspensão dos pagamentos desde há 5 meses. De acordo com os responsáveis desta associação, a ajuda era prestada através do programa de ajuda alimentar da UE.
A Associação de Angolanos vem desenvolvendo uma intensa intervenção junto da comunidade mais jovem, através da formação em áreas como a dança, a música e as artes plásticas. Esta formação é assegurada, em regime de voluntariado, pelos responsáveis da associação.
Solicito à Comissão Europeia que me informe sobre o seguinte:
1. Que programas e medidas comunitárias poderão apoiar a acção destas associações?
2. Qual o ponto de situação relativamente ao programa de ajuda alimentar da UE? Como se podem justificar os atrasos acima mencionados na canalização das ajudas às organizações que intervêm no terreno?