Intervenção de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Ano Europeu Contra a Pobreza

Depois de todas as declarações de circunstância do Ano Europeu Contra a Pobreza, a Comissão Europeia persiste na sua total indiferença perante o agravamento da pobreza, designadamente da pobreza infantil, do desemprego e do aumento de milhões de trabalhadores pobres por causa do trabalho precário e mal pago.

Mas, agora, já não se limita a orientações neoliberais com todas as graves consequências nos países de economias mais frágeis, onde era imperioso aprofundar políticas públicas para apoiar serviços públicos, criar empregos com direitos, erradicar a pobreza.

Nos memorandos como aquele que a troika do FMI, BCE e Comissão Europeia fez com governantes portugueses, exigiu políticas anti-sociais, incluindo alteração da lei dos despedimentos, privatizações e ataques à segurança social pública e universal, que só podem conduzir ao retrocesso social, condenando os trabalhadores e o povo ao desemprego, à pobreza, ao subdesenvolvimento, à dependência extrema, transformando Portugal num mero protectorado das potências da União Europeia. Tudo isto, em troca de um empréstimo que os portugueses têm de pagar, a taxas muito elevadas, para alimentar os ganhos do capitalismo financeiro internacional, mesmo quando já se sabe que tais medidas nada resolvem, como o demonstra o exemplo da Grécia.

Por isso, aqui fica o protesto contra tais medidas, protesto esse que vai continuar em Portugal e também aqui na União Europeia.

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