Alargamento sem coesão

Deputados do PCP ao PE propõem programa específico para
a economia portuguesa

Os deputados do PCP ao PE, defenderam que o alargamento da UE não poderia
ser considerado independentemente das suas consequências financeiras,
económicas e sociais, seja para os países da adesão, seja
para os actuais Estados-membros. É inaceitável que sejam os países
de menor desenvolvimento a pagar os custos do alargamento, para mais tendo em
conta — e diferentes estudos o comprovam — as vantagens económicas
que os países mais ricos dele retirarão. Aliás, os mesmos
estudos apontam Portugal como o país que será mais afectado pelo
alargamento.

O alargamento, que se vai concretizar a 1 de Maio de 2004, ocorre num quadro
financeiro restritivo e amplamente discriminatório para os países
da adesão. Estas foram as principais razões que levaram ao nosso
voto de abstenção na votação no PE. Os deputados
do PCP ao PE defenderam ainda a criação de um programa comunitário
específico de apoio à economia portuguesa para compensar o impacto
do alargamento, à semelhança do que tinha acontecido com a Grécia
aquando da adesão de Portugal e Espanha.