Este relatório cita abundantes exemplos das consequências desastrosas da liberalização do comércio mundial no sector agrícola.

Não esconde que a agricultura tem sido utilizada como moeda de troca no favorecimento de outros interesses - nomeadamente os interesses dos grandes grupos industriais e dos serviços da UE - nas negociações conduzidas na OMC.

Mas fazendo-o, não retira daí as conclusões que se impunham. Entre outras:

- Que o comércio internacional deve ser orientado para uma lógica de complementaridade e não de competição - entre países, produtores e produções;

- Que é necessário uma agricultura planificada, orientada para a salvaguarda da soberania e segurança alimentares de cada país, que contrarie a perigosa anarquia da produção para um mercado liberalizado.

Mas do que declarações pias e inconsequentes, era isto que se exigia. Foi a isto que o relatório em discussão não soube ou não quis dar resposta.