O agravamento das epidemias de VIH/SIDA, tuberculose e hepatite C na Europa exige a implementação de estratégias dirigidas, eficazes e inovadoras baseadas em três palavras-chave: prevenção, diagnóstico e tratamento. A que se devem associar programas consistentes de educação para a saúde.
No domínio do tratamento torna-se imperioso assegurar o acesso a medicamentos inovadores. Para tal, é necessário enfrentar os interesses das multinacionais farmacêuticas e defender o interesse dos doentes e dos Estados.
Em Portugal, o rastreio activo e sistemático das infecções nos utilizadores de drogas injectáveis e a educação para a redução de risco resultaram numa mudança dos hábitos de consumo.
Portugal foi pioneiro em várias frentes no combate à toxicodependência e doenças transmissíveis associadas, com a implementação de legislação, de estruturas e programas inovadores, que produziram resultados. Uma conquista que os anos da troika e os seus governos vieram por em causa.
Em relação aos novos casos de infecção por VIH, o número de diagnósticos tardios, particularmente entre os heterossexuais, constitui motivo de apreensão. É necessário aumentar o diagnóstico precoce e reduzir a fracção não diagnosticada dos infectados.