A Agenda da UE para Novas Competências e Novos Empregos insere-se na estratégia UE2020, respondendo à meta de dar trabalho a 75% da população em idade activa. Ou seja, assume-se que 25% da população em idade activa não estará activa... A UE2020, por detrás da retórica social e ambiental, é a concretização das políticas que materializaram a degradação das condições socioeconómicas das populações, promovendo a flexibilização e desregulamentação laborais, a primazia ao aprofundamento do mercado interno, com as liberalizações e privatizações de ainda mais sectores económicos, a liberalização e desregulação do comércio internacional...
A Agenda para as Novas Competências não tem outro intuito e insere-se nesta agenda.
Defende a flexibilidade laboral, a mercantilização da educação e a tendência para a profissionalização precoce (através da ligação da escola ao mercado de trabalho ou da educação dual), a promoção da “competividade internacional”, através da desregulamentação e da perda de direitos e salários.
A educação, a formação profissional e a diversificação de competências técnicas são factores fundamentais para garantir a adaptação dos trabalhadores à mudança constante que caracteriza a contemporaneidade - a nível tecnológico, nos métodos de comunicação ou de gestão e organização do trabalho. Mas são diversos os objectivos desta Agenda: desregulação do trabalho e afunilamento do papel dos sistemas de ensino.