Milhares de seres humanos perdem a vida no Mediterrâneo, num êxodo massivo de países de África e do Médio Oriente. Vítimas da guerra, da fome e da pobreza extrema.
A União Europeia tem pesadas responsabilidades nestes trágicos acontecimentos. As suas políticas de agressão, de ingerência e de apoio (bélico e financeiro) à desestabilização dos países daquelas regiões, promovendo a guerra e movimentos extremistas, estão na base da intensificação destes fluxos migratórios.
O tratamento repressivo e a criminalização dos refugiados e dos imigrantes, ou o tratamento selectivo destes últimos, não resolvem o problema. Estão na sua origem e agravam-no. O FRONTEX – a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da UE – é um instrumento, talvez o principal, da política desumana que criminaliza a imigração e os refugiados. Um instrumento da Europa "Fortaleza", fechada a fluxos migratórios, que alimenta as redes de tráfico humano.
Desde a sua criação que manifestámos a nossa oposição ao FRONTEX, aqui hoje reafirmada ao recusarmos esta quitação.