O processo de preparação da Lituânia com vista à adesão ao euro constitui um penoso exercício de austeridade forçada através do qual o povo da Lituânia foi sujeito a medidas drásticas com elevados custos sociais e económicos.
Ao contrário do que é dito do relatório que suporta esta adesão, este processo foi longe de poder ser considerado um sucesso. Não é aliás por acaso que esta adesão foi rejeitada pela maioria da população num referendo em Maio de 2013.
Com efeito, a Lituânia atravessou nos últimos anos um período de grande recessão, com uma forte contração da economia nacional, perda de poder de compra dos trabalhadores, elevadíssimas taxas de desemprego e uma emigração forçada de parte significativa da sua juventude.
Continuamos a considerar que o processo de adesão ao euro representa uma ingerência intolerável nas soberanias nacionais que perdem assim um importante instrumento de política económica e ficam sujeitas a uma política monetária única ao serviço das grandes potências do centro da Europa, ingerência que é ainda mais evidente quando se trata de decisão que ignorou a vontade do povo lituano.