Este relatório mantém a difusão de uma visão estreita, e ainda enfocada no conflito de 2008, entre a Rússia e a Geórgia e nas questões de disputa territorial e de soberania sobre a Ossétia do Sul e a Abcásia, tentando criar uma justificação política para tomar partido para prosseguir os interesses económicos e geopolíticos da UE na região do Cáucaso.

O que está em causa é o acesso a importantes recursos de toda a região e garantias de aprovisionamento energético, para o que a celebração deste acordo é importante. A maioria do PE quer ir ainda mais longe, abrindo portas à negociação da Zona de Comércio Livre Aprofundada e Abrangente, eliminando todas as barreiras ao grande capital da UE e da Geórgia.

É na base destes interesses que se deve compreender o apoio e, ao mesmo tempo, a ingerência nos assuntos internos da Geórgia. A UE assume de que lado está no braço de ferro que se mantém entre os EUA, a NATO e a Rússia, arrogando-se em defensora da soberania, da integridade territorial dos estados e do Direito Internacional, quando se trata da Geórgia. Mas promoveu, apoiou e apoia processos de secessão na Europa e noutras regiões do Mundo.