1- O PCP considera que a comunicação do Primeiro-Ministro sobre segurança interna constituiu um lamentável momento de instrumentalização da actividade policial e para a qual arrastou os responsáveis máximos das forças de segurança e o director da PJ.
2- O êxito de várias diligências policiais, que naturalmente se saúdam, já tinha sido objecto de comunicação pública por parte dos respectivos responsáveis como é natural. Aliás, é recorrente a emissão de notas informativas das respectivas forças de balanço da sua actividade.
O Primeiro-Ministro, não acrescentando nada de novo, fez um inaceitável aproveitamento político, induzindo a desastrosa ideia de que tais resultados resultam da condução do Governo. Importa neste quadro sublinhar que, no Portugal saído da Revolução de Abril, a condução das investigações compete ao Ministério Público.
3- O PCP, para lá deste triste episódio, reafirma que aquilo que importa o Governo fazer é dotar os profissionais das magistraturas e das forças e serviços de segurança dos meios necessários para o desempenho das suas funções e pugnar com medidas concretas pela sua valorização material e profissional.