Este debate e a resolução que o acompanha são mais uma peça do sistemático exercício da UE e das suas instituições de cínica instrumentalização de direitos e valores para procurar impor o seu domínio sobre Estados soberanos.
Não por acaso, a resolução ignora a política de interferência dos EUA e da UE na Bielorrússia, insistindo na promoção da desestabilização interna e na política de sanções, que visam asfixiar o país criando dificuldades acrescidas para os povos.
Políticas em evidente confronto com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, nomeadamente o principio da não ingerência em assuntos internos de cada país.
Acresce uma visão de dois pesos e duas medidas que procuram impor sobre diferentes matérias, de que é exemplo princípio da neutralidade, omitindo o papel da NATO e a sua expansão a leste.
Estamos perante um exercício que não contribui para o necessário desanuviamento na região, antes se soma à escalada de confrontação, contrária à paz na Europa e no mundo.