Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral, Acção de Rua «Pelo aumento dos salários e pensões, por mais emprego com direitos»

Acção de Rua em Sacavém

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Mais emprego, melhores salários, para uma vida melhor, dá mais força ao PCP: estas frases, inscritas no pano de abertura foram, entre outras, as palavras de ordem ditas por mais de 500 militantes e activistas, vereadores e eleitos locais da CDU, Bernardino Soares e Jerónimo de Sousa, que participaram na acção de rua em Sacavém.

O Secretário-Geral lembrou que "estamos num largo histórico, onde foram realizadas tantas lutas antifascistas, tantas batalhas importantes. Nesse tempo difícil, lutar era crime. Quem lutava podia ser preso, torturado e até morrer", recordou, saudando a contribuição inestimável desses lutadores para estarmos numa situação diferente.

Assinalando a "grande unidade e coesão do XX Congresso do Partido", cujos trabalhos "não ficaram limitados à análise sobre a situação nacional e internacional, ampliando-a à discussão e afirmação desta nova fase em que vivemos, considerando-a justa e necessária pela contribuição dada pelo Partido para que o nosso País pudesse andar para a frente", Jerónimo de Sousa reafirmou as consequências das "propostas do PCP na política nacional, com o afastamento do PSD e do CDS-PP, como a reposição de direitos e conquistas das populações e dos trabalhadores e o fim dos cortes nos salários e nas pensões". Mas, acrescentou, também na educação e na saúde são as propostas do PCP que "permitiram que as crianças do 1.º ciclo tenham os manuais escolares gratuitos e que as taxas moderadoras tenham baixado".

Apesar destas reposições e conquistas de direitos, "descongelando o que durante anos esteve congelado, é preciso que não fiquemos por aqui, é necessário andarmos para a frente", dando resposta aos graves problemas nacionais. Para afirmar Portugal como um País soberano, o Secretário-Geral do Partido apontou à concretização de uma política patriótica e de esquerda, que aumente a riqueza e a produção e crie postos de trabalho. Para tal, concluiu, é necessária a "libertação do nosso País da moeda única e romper com os constrangimentos que nos são impostos pela União Europeia e com a dependência do capital monopolista".

Fazendo eco de uma pergunta recorrente – "que força terá o PCP para concretizar esta política alternativa?" –, Jerónimo de Sousa lembrou o apelo do XX Congresso, também afirmado nas acções de rua, de valorização da sua proposta: "quanto mais longe teríamos ido se o PCP tivesse mais força", questionou, acrescentando que a "força dada ao Partido é força de quem a dá".

Se é certo que a luta está muito difícil, afirmou, que "não há obstáculos intransponíveis quando se acredita neste PCP" e na sua luta por uma vida melhor. Finalizando a sua intervenção, Jerónimo de Sousa referiu-se à rua "como o melhor sítio para demonstrarmos a nossa vitalidade" e às muitas lutas esperadas, das quais destacou o 1.º de Maio e a batalha das eleições autárquicas.

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