O uso e abuso de uma ampla variedade de produtos farmacêuticos em medicamentos humanos e veterinários aumentou suas concentrações no meio ambiente nos últimos 20 anos.
Estes produtos podem chegar ao meio ambiente por meio do despejo de efluentes de estações de tratamento de águas residuais urbanas, pelo despejar de matéria fecal animal e pela aquicultura, ou tratamento de animais de estimação, pelo lançamento de efluentes de fábricas, pela disposição inadequada em aterro de produtos farmacêuticos não utilizados e resíduos contaminados.
Além disso, o descarte e uso incorrecto de medicamentos pode contribuir para o problema da resistência antimicrobiana. A proposta de resolução aborda possíveis medidas com o objectivo de reduzir o risco dos produtos farmacêuticos para o meio ambiente, e considera que essa abordagem estratégica deve contemplar os possíveis impactos ambientais das substâncias farmacêuticas, com vistas a reduzir as descargas, emissões e perdas dessas substâncias no meio aquático, tendo em consideração as necessidades de saúde pública.
Para ser eficaz e distribuir os esforços de maneira uniforme, as medidas devem incluir não apenas controles de fim de linha (como melhor tratamento de águas residuais), mas também abordar as fontes originais de emissões (produção e uso), e considerar não só os impactos nos ambientes aquáticos como também nos ambientes terrestres.