Camaradas,
Os transportes públicos, a mobilidade e as infraestruturas são áreas estratégicas para o país pelo papel que assumem no funcionamento da economia, na mobilidade das populações com enormes e positivos reflexos no ambiente e na sua qualidade de vida.
A situação, os problemas e carências com que estamos confrontados a este nível para além de revelar as fragilidades do sistema de transportes e as suas consequências no direito à mobilidade, é a mais clara e evidente demonstração do grau nefasto e anti-patriótico da submissão da política de transportes aos interesses dos grupos económicos privados.
Nos ultimas quatro anos os trabalhadores das empresas dos transportes, as populações, os eleitos do PCP nas Autarquias Locais da Península de Setúbal e na Assembleia da República e muitos democratas, prosseguimos a luta pelo aprofundamento dos caminhos abertos com a conquista do Passe Social Intermodal válido em toda a região e em todo os modos de transporte com substancial redução do preço.
Luta que colocou na ordem do dia a necessidade de se passar de declarações sobre a importância e papel dos transportes públicos, de anúncios de investimento e medidas a tomar feitos por diferentes governos do PS, PSD/CDS à exigência da sua efectiva concretização. Sim, camaradas, pois chegada a hora da verdade, o PS, o PSD, o CDS a IL e CHEGA, bem podem fazer bonitas declarações, mas chegada esta hora e aprovar as medidas que se impunham eles manifestam-se contra a sua adopção, como elemento fundamental para a melhoria das condições de vida das populações.
Uma luta que prosseguimos também pelo reforço e promoção do transporte fluvial no rio Tejo, através do reforço da Transtejo/Soflusa em navios e trabalhadores, pela reconstrução dos serviços de manutenção da empresa e pela melhoria dos terminais de embarque.
Camaradas,
Também durante estes quatro anos prosseguimos com os trabalhadores e as populações, e muitos democratas e patriotas a luta pela construção do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa em Alcochete, contra as falsas soluções como a de um Aeroporto na BA-6.
Lutámos contra o esbulho dos recursos nacionais pela multinacional VINCI, e pela renacionalização da ANA, mas também pela construção da Ponte entre o Barreiro e Chelas, investimentos que, para além de melhorar a mobilidade das pessoas e bens, permitirão ainda um pleno aproveitamento das potencialidades existentes e promover o desenvolvimento e progresso económico e social do País.
Foram quatro anos de luta pela ruptura com a submissão aos instrumentos comunitários como sejam as directivas e regulamentos promotores das privatizações, e dos interesses das multinacionais e grupos económicos.
Uma luta que vai prosseguir, e alargar-se em torno do aumento da oferta transporte público, do reforço do investimento na manutenção das frotas e da aquisição de comboios, navios, autocarros imprescindíveis para que o sector responda às necessidades do país, com enormes ganhos económicos, ambientais, no equilíbrio territorial e qualidade de vida das populações.
Uma luta que é parte do caminho a percorrer para concretizar a política patriótica e de esquerda que defendemos para o nosso país.
Viva o XXI Congresso do PCP!
Viva o Partido Comunista Português!