Nos últimos quatro anos foi intensa a intervenção e actividade do Partido na Região Autónoma da Madeira.
Aapesar da propaganda do aumento do PIB da Região os problemas dos trabalhadores e do povo agravam-se. Na Região mais de 72 mil pessoas vivem em risco de pobreza.
A especulação imobiliária, os valores das rendas assim como o aumento do custo de vida, aliados aos baixos salários e pensões, fazem com que a Madeira se esteja a transformar numa região onde a aquisição de casa esteja apenas ao alcance de estrangeiros endinheirados.
O governo regional utiliza os poderes autonómicos apenas para beneficiar os que lucram com a exploração e não a generalidade do povo. Só no ano passado foram mais 190 milhões de euros de borlas fiscais para apenas 4 mil empresas.
Porém, desde maio de 2024, após as eleições decorrentes da instabilidade política regional que resultou das práticas criminosas e de favorecimento de grupos económicos do governo., a composição parlamentar alterou-se negativamente.
Actualmente os partidos que têm representação Parlamentar degladiam-se para serem na governação os lacaios dos grupos económicos.
Nas últimas Eleições o PCP deixou de estar representado na ALRAM, constituindo um retrocesso, pois no debate parlamentar e na apresentação de propostas eram os eleitos do PCP a voz dos trabalhadores e do povo.
A perda da Representação retirou-nos espaço de intervenção e perdemos meios financeiros institucionais. Mas enganaram-se os que vaticinavam que com estas adversidades, a intervenção do PCP ia afrouxar na Região.
Das dificuldades, surgiram vontades e espírito de militância, que se transformaram em potencialidades.
Prosseguimos no nosso trabalho nas empresas e locais de trabalho e junto das populações.
Encaramos a Acção Nacional “aumentar salários e pensões para uma vida melhor” como oportunidade para um contacto mais directo com os trabalhadores e a população. Na Região foi já possível assegurar mais de 1200 subscritores do abaixo-assinado da campanha aumentar salários e pensões em menos de 3 meses.
Continuamos a desenvolver com êxito as nossas iniciativas de mobilização que designamos de almoços-comícios nomeadamente no aniversário do Partido, no 25 de Abril, no dia da Região e no final de novembro. Iniciativas que são momentos de afirmação do PCP.
O CT também constitui um importante activo para o reforço da nossa organização através dinamização de diversas iniciativas que congregam militantes e amigos.
As iniciativas dinamizadas através da Galeria do CT, nomeadamente as “conversas de Abril” ou “conversa com” e a realização semanal de almoços-convívio são momentos importantes de camaradagem militância que importa valorizar.
Desde o último Congresso até hoje realizamos no total 179 recrutamentos e responsabilizamos 55 camaradas.
É extremamente gratificante e animador constatar apesar da propaganda anticomunistas vermos o reforço do Partido e em particular da JCP na Região com uma dinâmica própria com jovens camaradas com vontade de trabalhar para transformar demonstrando que o futuro tem partido.
Conscientes das adversidades, cá estamos com a confiança necessária para reforçar o PCP, pois é condição determinante para dar resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo prosseguir os valores de Abril no futuro de Portugal rumo a uma sociedade sem exploradores nem explorados.
Viva o XXII Congresso do PCP!