Saúdo todos os delegados ao Congresso e todos os convidados nacionais e internacionais.
Saúdo o excelente ambiente e toda a determinação que resulta deste Congresso, a nossa determinação de lutarmos por um país melhor, o nosso reforço com o compromisso de lutarmos com os trabalhadores e o povo e na consolidação da luta como fator maior na evolução da situação do País, rumo a uma sociedade democrática avançada, rumo ao socialismo.
O ambiente que se vive aqui neste Congresso, a nossa determinação faz-nos dizer que todos aqueles que têm antecipado o funeral do PCP podem agarrar no caixão e ir para outro lugar porque a nossa determinação, a nossa confiança vai ser fundamental para o progresso deste País, para o desenvolvimento de Portugal. Só como PCP esse desenvolvimento será efectivo.
Camaradas,
O concelho do Seixal desde o 25 de Abril que tem sido governado pelo Partido Comunista Português. Temos desenvolvido no nosso concelho um projeto progressista ao serviço dos cidadãos, um projeto que responde a todos os desafios e exigências que a situação do concelho e as condições em que o Poder Local se exercem impõem.
Um concelho em que tem havido um crescente nível de qualidade de vida da população, que se traduz no reforço da oferta em áreas fundamentais, como a educação, a cultura, o desporto, o ambiente, a higiene urbana, a habitação, o espaço público ou o desenvolvimento económico e social.
E não existe desenvolvimento sem os trabalhadores. E, por isso, a Câmara Municipal do Seixal tem-se preocupado desde sempre com a valorização e com os direitos dos nossos trabalhadores. E, por isso, quando o governo do PSD-CDS fez com que para a função pública voltasse o hoário das 40 horas semanais, na Câmara Municipal do Seixal os nossos trabalhadores, graças ao ACEP – Acordo Coletivo de Empregador Público – que firmámos com os mesmos, sempre se trabalhou apenas 35 horas semanais, porque essa tinha sido uma conquista dos trabalhadores.
E quando o trabalho institucional do Partido na Assembleia da República conseguiu a consagração do suplemento de penosidade e insalubridade, não com a abrangência que nós defendíamos, na Câmara Municipal do Seixal conseguimos que quase todos os trabalhadores do sector operacional estejam abrangidos pelo suplemento de penosidade e insalubridade, como um direito que é de todos os trabalhadores das áreas operacionais.
E quando o governo do Partido Socialista quis que apenas cinco por cento dos trabalhadores tivessem direito a opção gestionária, nós não aceitámos isso porque a opção gestionária é um factor de de valorização de salários e de carreiras dos trabalhadores e alargámos a quase 50 por cento dos trabalhadores a aplicação da opção gestionária. Sabemos bem que só com os trabalhadores conseguimos desenvolver os ideais de Abril, só com os trabalhadores é possível avançar com um projeto autárquico que tem colocado desde sempre em primeiro lugar as pessoas e o seu progresso e qualidade de vida, um projeto em que, com os valores de Abril, temos transformado o concelho do Seixal, que em 25 de Abril de 1974 era um dos concelhos mais atrasados do País, e que hoje, como Partido Comunista Português, com o Poder Local democrático e os valores de Abril, é um dos concelhos mais desenvolvidos do País, um dos concelhos que mais se desenvolve no País.
Mas o grande trabalho que tem sido feito pelas autarquias do concelho do Seixal contrasta com a gritante falta de investimento do Governo central, com especial destaque para o adiamento do Hospital do Seixal.
O Hospital do Seixal é nitidamente fundamental para a melhoria da dignidade e das condições de vida das populações do nosso concelho. O Hospital Garcia de Orta já não dá resposta às necessidades. Foi construído para servir 200 mil pessoas e actualmente os concelhos de Almada e Seixal já têm mais de 350 mil pessoas. Por isso a Câmara Municipal e as populações temos desenvolvido várias lutas em prol da construção do Hospital, desde abaixo-assinados até cordões humanos, passando pelo evento “Mais um Natal sem o Hospital do concelho do Seixal”, caminhadas e corridas pelo Hospital, muitas têm sido as iniciativas que temos feito em prol do Hospital. E só graças a estas iniciativas o Hospital e o projecto têm avançado.
E daqui reafirmamos que população do concelho do Seixal não irá desistir de lutar enquanto o Hospital do Seixal não for uma realidade. E nesta luta a Câmara Municipal, os militantes comunistas irão estar sempre na primeira linha da luta pela construção do Hospital do Concelho do Seixal.
Termino com uma nova saudação aos milhares de militantes comunistas e ativistas que continuam com persistência, esforço e determinação a lutar pela liberdade, pela democracia, pela paz e pelos direitos políticos, sociais e sindicais, por uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.
Saímos mais fortes deste Congresso. Unidos venceremos.
Viva a luta das populações por melhores salários e condições de vida.
Viva o XXII Congresso do PCP.
Viva o Partido Comunista Português