Intervenção de Helder Guerreiro, Célula do Complexo Industrial de Sines, XXII Congresso do PCP

A intervenção do Partido no complexo industrial de Sines

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A intervenção do Partido no complexo industrial de Sines continua a ser determinante para a luta dos trabalhadores e com isso para a melhorar as suas condições de vida.

Contamos com duas células, APS e da Refinaria  que reúnem de forma regular e na PSA que apesar de vários esforços, ainda não conseguiu reunir. O organismo intermédio do complexo também reúne de forma regular e tem um boletim trimestral distribuído à porta das empresas prioritárias. Fez-se também um comunicado sobre o sector portuário, contra a liberalização e privatização do sector que foi distribuído junto destes trabalhadores.

Na PSA Sines,  empresa que tem a concessão do terminal de contentores, reina a exploração intensiva dos trabalhadores. 

A perseguição declarada a todos aqueles que tentem fugir à teia montada entre Administração e o sindicato fantoche resulta numa maior dificuldade de intervenção organizada e a forma que encontrámos foi a distribuição de comunicados sobre os problemas concretos dos trabalhadores. O incómodo é visível  por parte da Administração e seus lacaios o que significa que estamos no bom caminho.

Na semana passada, quando distribuímos um comunicado a denunciar a proposta de acordo a cinco anos com aumentos máximos de 2%  e recolhíamos assinaturas, os ditos senhores chamaram a GNR, que de nada lhes valeu e apenas fez que lá tornássemos dias depois com o mesmo propósito e que a receção dos trabalhadores tenha melhorado significativamente, com vários a manifestarem a sua solidariedade connosco e a elogiaram a coragem do Partido.

Relato  este episódio porque ele retrata o essencial da nossa  intervenção: falar dos problemas concretos dos trabalhadores, ir ao contacto direto, organizar para lutar e resistir à intimidação. 

No complexo Industrial quando apareceu a pandemia vivíamos o ascenso da luta dos trabalhadores da manutenção industrial com mobilizações históricas em março de 2020. 

Não esquecemos os despedimentos oportunistas na manutenção da Refinaria, visando também  um dirigente sindical e os trabalhadores mais ativos na luta que ali se desenvolvia. 

Hoje, constatamos que o movimento reivindicativo de 2020 ainda está a revelar o real impacto e alcance das reivindicações daqueles trabalhadores nessa altura e agora quase concretizadas.

  •     • A integração de 30 trabalhadores dos prestadores de serviço nos quadros da Petrogal 
  •     • Os salários  na  manutenção industrial subiram de forma significativa, acima das reivindicações de 2020.
  •     • A maioria dos trabalhadores da ATM para o novo contrato de manutenção da Refinaria  são-no através de contratos diretos com aquela,  com melhoria significativa de salários, mantendo os direitos conquistados pela luta.
  •     • Há uma maior consciência dos trabalhadores relativamente à vigarice dos chamados contratos à hora e das falsas ajudas de custo que apenas servem como esquemas de fuga aos impostos e  beneficio dos patrões. 
  •     • A maior parte dos trabalhadores despedidos  retornaram ao contrato de manutenção e à Refinaria  com melhores condições, inclusive, o dirigente sindical e também camarada do partido.

O Partido esteve ao lado dos trabalhadores da INDORAMA, inclusive com a presença de um deputado, aquando da sua luta contra o Layoff abusivo imposto pela empresa.

O nosso compromisso mantém-se com a defesa dos direitos dos trabalhadores do complexo industrial e portuário de Sines e assim prosseguiremos.
Temos sido testados em condições muito duras, mas a realidade mostra que não só vale a pena lutar, como é imprescindível que o façamos. 

A luta continua.

  • XXII Congresso