Na tribuna pública que o STAL realizou hoje frente ao Parlamento, a abrir a «semana de protesto e acção» da CGTP-IN e assinalando o dia em que passam 35 anos sobre as primeiras eleições autárquicas e a institucionalização do poder local democrático, foi afirmada a determinação de prosseguir a luta em defesa da democracia e dos serviços públicos.

Jerónimo de Sousa, no debate sobre as pescas, denunciou aquilo que será uma autêntica privatização dos mares: a concentração da propriedade e da actividade num punhado de operadores com maior poderio económico e financeiro. Uma concentração a nível nacional, numa primeira fase, mas inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, ao nível europeu.

O Sector das Pescas na Região de Setúbal, que outrora teve importante peso económico, encontra – se hoje, com crescentes dificuldades. Às políticas dos sucessivos governos juntaram-se as orientações de submissão da União Europeia.

Jerónimo de Sousa, assinalando os 35 anos das primeiras eleições para as autarquias locais, acusou o governo de ter concepções e projectos para uma administração local perigosamente semelhante à que foi destruída com a revolução de Abril, o regresso a definições e disposições do velho código administrativo de Marcelo Caetano.