Declaração de António Filipe, Deputado do PCP à Assembleia da República

Desenvolver a TAP, travar a privatização

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O Grupo Parlamentar do PCP PCP apresentou hoje um projecto de resolução à Assembleia da República no sentido de se travar o processo de privatização da TAP. Se quisermos sintetizar em poucas palavras o que se pretende, diríamos que é deixem a TAP em paz. 

Do que resulta do relatório da Inspecção Geral de Finanças acerca da privatização da TAP é que hoje TAP não existiria se não tivesse sido o Estado a assumir a manutenção da companhia. Como sabemos, a TAP foi comprada com o dinheiro da própria TAP, num processo nebuloso que convinha ser cabalmente esclarecido, inclusivamente do ponto de vista judicial. 

A TAP continua a ser hoje, em mãos públicas, um dos maiores exportadores nacionais, com uma contribuição inestimável para a economia nacional, com um papel insubstituível enquanto companhia aérea de bandeira, no sentido designadamente de garantir o serviço público de ligação às regiões autónomas e também garantir a ligação às comunidades portuguesas que existem pelo mundo fora. É uma empresa que está a dar lucro, e portanto não há nenhuma razão para a privatização desta companhia. 

E portanto aquilo que o PCP propõe é que este processo que foi anunciado que seja abandonado, que seja travado, que se deixe a TAP funcionar, que não haja entraves a uma boa gestão da TAP, designadamente em matéria de contratação do pessoal que seja necessário e que a Companhia não seja de facto degradada e prejudicada por decisões políticas que em nada contribuem nem para o desenvolvimento da empresa nem para a economia nacional, nem para a defesa de interesses nacionais. E é nesse sentido o projecto de resolução que o PCP hoje apresenta.  

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