Camaradas,
Com quase 100 anos, o Partido, este enorme colectivo de homens e mulheres de coragem, continua bem vivo e capaz de travar as justas lutas, assumindo-se como vanguarda dos trabalhadores e do povo, pois se moribundos estivéssemos não nos destinavam os ataques que se veem intensificando.
Estes ataques podem ter algum acolhimento junto dos trabalhadores e até de camaradas e perante a ofensiva, indignamo-nos e desiludimo-nos, mas depressa nos erguemos e fazemos o que nos ensina a nossa experiência centenária: alargamos horizontes, traçamos linhas de trabalho, aprofundamos a ligação às massas, agregamos forças e alargamos a frente social de luta, procurando esclarecer, elevar consciências e vencer preconceitos, pois sabemos que o caminho necessário e capaz de responder às exigências de desenvolvimento, progresso e soberania nacional não será possível sem nós - os comunistas portugueses e o seu Partido-.
Construímos a solução para os problemas com que se deparam os trabalhadores e o povo, ao seu lado, de forma consequente e integrada no projecto alternativo e de futuro que temos para nosso país.
Em Vila Franca de Xira, esse tem sido o princípio que norteia o trabalho da organização concelhia do Partido:
- com a XIII Assembleia de Organização, renovámos os organismos de direcção, responsabilizando novos quadros;
- com a campanha dos 5 mil contactos, fomos à conversas com 112 trabalhadores, o que resultou no recrutamento de 36 novos militantes, na retoma de funcionamento da célula da Iberol e na aproximação a independentes;
- para priorizar a intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho, alargámos e responsabilizámos mais quadros pelo trabalho das empresas;
- na área da saúde, continuámos a intervenção pelo reforço do SNS, a exigência da reversão da PPP do Hospital de VFX e a exigência da gratuitidade do seu estacionamento e já em situação pandémica, lançámos um abaixo-assinado pela retoma dos cuidados nos centros de saúde que ainda decorre e que tem tido enorme aceitação;
- na área dos transportes e da mobilidade, construímos acção reivindicativa por mais e melhores transportes públicos, pela requalificação da N10 e dos seus nós de acesso e pelo do fim das portagens da A1 no concelho;
- com as populações, desenvolvemos a luta pela manutenção e pleno funcionamento das agências da CDG em Alhandra e Vialonga, pela reposição dos multibancos em São João dos Montes, pela reabertura da bilheteira e sala de espera da Estação da CP em Alhandra, pela construção do passeio ribeirinho em Alverca, por melhorias na estrada da Arcena, pela segurança rodoviária na rotunda do MARL/Granja em Vialonga, pela manutenção em segurança da passagem de nível e pela conclusão das obras na Avenida dos Combatentes em Vila Franca;
- no plano autárquico, prosseguimos uma intensa actividade de massas e de intervenção no plano institucional - na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e em maioria em quatro das seis freguesias do concelho - afirmando na prática a CDU como a força com capacidade e projecto para ser a alternativa política no concelho;
- no inicio da epidemia, quando o sentido foi de 'isolamento', definimos como prioridade a 'aproximação' através do contacto directo com as IPSS, o Movimento Associativo, as Associações de Bombeiros, os comerciantes e com a organização, procurando aprofundar o nosso conhecimento sobre o impacto da situação que enfrentavam e as exigências que se lhes colocavam a fim de propor soluções;
- quando outros decretaram 'cancele-se' e 'fica no sofá', nós assumimos a dianteira das comemorações do 25 de Abril, do 1º de Maio e da Revolução de Outubro;
- quando outros decretaram que a prioridade era 'não morrer' do vírus, nós afirmámos que era necessário 'viver e lutar' contra o duplo ataque que enfrentamos e não abdicámos do contacto com os trabalhadores à porta das empresas e dos locais de trabalho, editando o 'Engrenagem' e o 'Unidade' (boletins do PCP das empresas do concelho e da IBEROL) e documentos específicos para os trabalhadores das Autarquias, do Hospital de VFX e da OGMA.
Os que nos acusam de sermos estáticos e teimosos, procuram na verdade atacar a nossa acção coerente e determinada, pois só um Partido como o nosso, com o nosso projecto, materializa a força de construção da convergência necessária para travar a luta por uma verdadeira alternativa que dê resposta às necessidades e aspirações dos trabalhadores e do povo e pela transformação da sociedade.
Viva o XXI Congresso do PCP,
Viva o PCP!