A organização da Cidade de Lisboa tem desenvolvido um conjunto de lutas significativas pelos direitos e aspirações de quem vive, trabalha e estuda na capital.
Luta nos transportes públicos que muitos milhares de pessoas usam, todos os dias, para se deslocarem de e para a cidade e nela circularem.
Apesar do salto qualitativo gigantesco que significou o alargamento e redução de preço do Passe Social Inter-Modal, por proposta do PCP e com a luta das populações, o serviço prestado continua a degradar-se e não é alargada a sua oferta para fazer face às necessidades dos utentes.
Foi travada a privatização do Metropolitano do governo PSD/CDS mas o PS não rompeu com as opções da política de direita, continuando a não responder às muitas exigências de novas contratações de trabalhadores, infraestrutura e frotas, de modernização da capacidade de resposta. A insistência por parte do PS, com o apoio do BE Lisboa, na errada opção da Linha Circular no Metro, que tanto combate mereceu pelos claros prejuízos para os utentes em benefício da especulação imobiliária e do turismo, é particularmente inaceitável no quadro da aprovação da proposta do PCP, em sede de OE 2020, da sua suspensão imediata e priorização da ligação à Zona Ocidental da cidade e a Loures.
O PCP, a Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa, o MUSP, as estruturas sindicais têm protagonizado estas lutas, em torno do Metro mas também da Carris, consubstanciando-as nas mais diversas acções, evidenciando os problemas sentidos por utentes e trabalhadores.
Luta também pelo direito à habitação.
Lisboa é, provavelmente, a cidade do país mais brutalmente atingida pela especulação imobiliária e o negócio do turismo, favorecidos pela gestão municipal do PS, agora com o BE, e que resultaram no aumento exorbitante do preço por m2 e a expulsão de milhares de lisboetas para outros concelhos, na descaracterização de bairros, na impossibilidade objectiva de se aceder a uma casa para viver. São consequências também da ausência de políticas de sucessivos governos que dinamizem o arrendamento e aumentem a oferta pública de habitação, conjugadas com a insistência do PS em não revogar a famigerada Lei dos Despejos e a incapacidade da CML em concretizar programas municipais de habitação. Através dos nossos eleitos, em tribunas e debates, visitas e contactos com a população, na dinamização do protesto e da luta, o PCP tem exigido a mudança!
A COVID-19 só veio acentuar os problemas nestas duas áreas: a sobrelotação dos transportes públicos põe em risco a saúde de milhares de trabalhadores; os bairros abandonados pela quebra abrupta do turismo continuam a não ser solução para quem precisa de casa.
A luta continua por uma Lisboa justa, produtiva, desenvolvida, com e para as populações.
A luta continua para que as populações e os trabalhadores tenham direito a viver e trabalhar na Cidade de Lisboa!
Viva o PCP!