Camaradas,
Em nome da Organização Regional de Vila Real saúdo a realização do XXI Congresso pelo sentido de responsabilidade que o norteia, pelas condições criadas ao respeito pelas normas e regras sanitárias, pelo exemplo que dá ao povo e ao país, de defesa do regime democrático exercendo direitos fundamentais e assim melhor os preservando, mas essencialmente pelo contributo que dá à luta dos trabalhadores e do povo por uma vida melhor.
O distrito de Vila Real é um exemplo concreto das potencialidades que a luta dos trabalhadores e a intervenção do PCP têm na conquista de avanços, mesmo que insuficientes e limitados pelas opções do Governo minoritário do PS.
Se é verdade que foi possível aumentar os rendimentos mais baixos, salários, pensões e reformas, recuperar nos níveis de desemprego, repor a Casa do Douro como entidade pública e de inscrição obrigatória, repor a lei dos baldios, aprovar um Estatuto para a Agricultura Familiar e estancar o encerramento de serviços públicos, também é verdade que o grave défice demográfico e falta de apoio à infância e à velhice, o caracter estrutural do desemprego na região, a sangria de pessoas pela falta de condições para lá viver e trabalhar, os injustos preços pagos à produção nos diferentes sectores de actividade e a ausência de respostas públicas e estruturadas, continuam a marcar negativamente esta região, impedindo o combate a assimetrias regionais e a contribuição, por via das suas gentes e das potencialidades, para o desenvolvimento do País.
Não é pobre a região onde os comunistas transmontanos lutam e agem, é sim uma região empobrecida pela política de sucessivos governos. Nem tão pouco requer um estatuto de interioridade, esse argumento que serve para branquear as responsabilidades de PS, PSD e CDS. Requer sim o cumprimento da Constituição e a concretização de uma politica alternativa, patriótica e de esquerda.
Camaradas,
No período que decorre desde o último congresso, a Organização Regional foi chamada a intervir e agir, e podemos afirmar que o Partido cumpriu o seu papel.
Não porque nos recusamos a reconhecer as debilidades da organização do Partido no distrito, mas porque a partir delas procuramos o caminho para a sua superação.
Não negamos os baixos níveis de recrutamento, mas não deixamos de identificar e concretizar, a partir da campanha dos 5000 contactos com trabalhadores, novos membros do partido.
Não negamos a importância de mais quadros funcionários como elemento determinante ao desenvolvimento da organização, mas criamos as condições para a sua funcionalização que importa consolidar.
Não negamos as debilidades de estruturação do nosso trabalho, mas também não deixamos de responsabilizar mais quadros por tarefas de caracter permanente e avançar com a concretização de planos de trabalho para constituição de células de empresa na Continental e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Não negamos a necessidade de reforço da influência politica e social do Partido da Região, mas envidamos esforços na dinamização da luta em torno da defesa da gestão pública da água e da defesa do SNS, como no passado dia 17 de Novembro.
Camaradas,
A situação do País exige um PCP forte e unido em torno da sua acção. Este Congresso confirma-o e traduz também o ambiente na Organização Regional de Vila Real, que se reflecte no normal funcionamento dos organismos e na mobilização para a luta e para a intervenção do Partido.
Mãos à obra camaradas!
Viva o XXI Congresso do PCP
Viva o Partido Comunista Português!