A Organização Regional da Madeira do PCP saúda todos os delegados ao XXI Congresso do Partido Comunista Português.
Nos últimos quatro anos foi intensa a intervenção e actividade do nosso colectivo Partidário na Região Autónoma da Madeira, num quadro de agravamento social apesar dos 79 meses de crescimento económico propalado pelo Governo Regional até Março de 2020.
Este facto não impediu o aumento do número de pessoas em risco de pobreza que antes da pandemia já atingia 32% da população, ou seja são 81 mil madeirenses, que não têm o rendimento suficiente para fazer face às suas necessidades mais básicas.
O actual quadro socio económico que hoje vivemos, fruto das consequências do surto epidemiológico COVID-19, aliado a 44 anos de política de direita ao serviço dos grandes grupos económicos, potencia a política de exploração e empobrecimento imposta a quem vive na Região.
Desde setembro de 2019 que o PSD já não Governa a Região Autónoma da Madeira sozinho por ter perdido a maioria absoluta, mas como em tantos outros momentos da nossa história o CDS jogou-se nos braços do PSD para garantir a perpetuação da política de exploração e empobrecimento, que pesa sobre os trabalhadores e o povo.
As profundas desigualdades e injustiça social na RAM revelam raízes profundas e uma dimensão estrutural na economia e na configuração da sociedade.
No segundo semestre de 2020, face aos novos factores de agudização, verifica-se que a crise económica e social está a provocar um aumento exponencial do desemprego e um crescimento da pobreza.
Camaradas
Se é verdade que existe um agravamento dos ataques aos trabalhadores na Região, também é verdade que a ofensiva não está a ir mais longe devido à luta dos trabalhadores à intervenção do movimento sindical e ao contributo decisivo do PCP!
Quando os Grandes Grupos económicos pensavam que com a pandemia os direitos laborais estavam de quarentena assim como a actividade do PCP, enganaram-se redondamente.
O PCP foi quem denunciou os ataques que estavam a fazer aos trabalhadores dos mais diversos sectores.
Estivemos nas empresas nos locais de trabalho a afirmar que os direitos não foram de quarentena, e que podiam contar com o PCP para a defesa de quem trabalha.
Em plena pandemia foi a greve dos Motoristas com 90% de adesão que derrubou as intenções da Administração da Empresa Horários do Funchal, em cortar no rendimento destes trabalhadores através do corte no agente único;
Foi possível garantir a integração de 8 trabalhadores com vínculos precários nos quadros da RTP-Madeira;
Foi possível assegurar um complemento remuneratório de 40€ aos assistentes operacionais do Serviço Regional de Saúde e um subsídio de fixação aos médicos;
Foi possível inscrever em sede de Orçamento Regional o pagamento a 100% do salário base dos trabalhadores em lay-off.
Estas vitórias alcançadas ainda ficam muito aquém do que é necessário, mas dão confiança para prosseguir na luta em defesa dos direitos laborais, do trabalho e dos trabalhadores, demonstrando que nem os direitos nem a luta organizada foram de quarentena.
Camaradas,
Vivemos tempos difíceis, diferentes e insertos, mas o futuro tem Partido, é o reforço do PCP o condição decisiva para organizar lutar e avançar!
Não escamoteando as debilidades e dificuldades da nossa organização na região é importante salientar, os passos dados para reforçar a nossa intervenção junto dos trabalhadores e da população.
No quadro da Campanha dos 5000 contactos, foi-nos atribuída a meta de 50 contactos , na Organização Regional dobramos a meta para 100, realizamos 103 conversas das quais resultaram 41 recrutamentos.
Desde o último congresso até à presente data realizamos no total 137 recrutamentos.
O reforço do PCP na RAM é condição determinante para garantir a construção de um Autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo.
Viva o XXI Congresso do PCP!
Viva a Juventude Comunista Portuguesa!
Viva o Partido Comunista Português