Camaradas,
Ser reformado representa uma nova fase na vida do trabalhador, em que este se desvincula da actividade profissional, mas não se desvincula dos direitos e da luta por melhores pensões, qualidade de vida e fruição saudável dos seus tempos livres.
O movimento dos reformados, pensionistas e idosos tem dado expressão à importância da organização e luta deste grupo social com peso crescente no conjunto da população e com problemas e reivindicações especificos que urge dar resposta.
Destaca-se a acção do MURPI – Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos – com a diversidade das suas iniciativas, tanto de debate e reflexão sobre as novas e velhas questões que o envelhecimento coloca, como de reivindicações que unem a luta deste grupo social.
Mas, igualmente a acção da Inter-reformados, organização especifica da CGTP-IN que tem dinamizado linhas de acção a partir da criação e funcionamento das comissões de reformados aos vários níveis das estruturas sindicais.
Uma acção que assume acrescida importância no actual quadro em que os reformados, pensionistas e idosos vivem momentos particularmente difíceis.
Camaradas,
O surto epidémico, veio expor uma realidade que lhe é anterior: a desigualdade e a pobreza entre os reformados: baixos valores das suas reformas, o desinvestimento em importantes funções sociais que impedem que a maioria possa viver esta fase da sua vida com qualidade e bem-estar e as enormes insuficiências e fragilidades da actual rede de equipamentos e serviços, designadamente dos lares.
As medidas de confinamento e o fomento do medo estão a ter consequências devastadoras no aumento exponencial das situações de solidão e de isolamento social neste grupo social com consequências na sua saúde física e mental.
Na luta contra o vírus, é fundamental o fomento da prevenção, como o uso da máscara, a higiene das mãos, o distanciamento físico e o respeito pela etiqueta respiratória.
Mas não é aceitável que os reformados vejam a sua vida reduzida “aos mínimos”, em que seja questionada e posta em causa a capacidade de tomar decisões responsáveis.
Os reformados e idosos precisam de viver, de passear, de fazer desporto, ir ao teatro e cinema, manter o convívio e ligação com a família e amigos, de terem actividade associativa e política.
Também, as associações de reformados, pensionistas e idosos enfrentam enormes dificuldades. As medidas sanitárias obrigaram a encerrarem e a necessidade de efectuar obras de adaptação para a realização de atividades alternativas que permitam o convívio, a cultura e o desporto.
Com as suas actividades suspensas ou reduzidas (Centros de Dia e Centros de Convívio) as Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos encontram-se numa situação financeira muito difícil.
Camaradas
Temos um quadro social e associativo que precisa de ser enfrentado, e em que as organizações do Partido deverão dar acrescida atenção ao trabalho com os reformados, e à discussão e apoio aos militantes comunistas que intervêm no movimento associativo em defesa dos direitos deste grupo social.
O País precisa de outro rumo. Os reformados precisam de uma política alternativa consubstanciada na política patriótica e de esquerda assente na valorização de todas as reformas e pensões, no investimento nos serviços públicos, na criação de uma Rede Pública de Equipamentos e Serviços que responda tanto às situações, como ao direito ao convívio, às actividades lúdicas, culturais e desportivas.
Viva o Movimento Unitário Reformados e Pensionistas
Viva o Concelho de Loures
Viva o XXI Congresso
Viva o Partido Comunista Português