Intervenção de Diogo Correia, XXI Congresso do PCP

Novas gerações de trabalhadores, problemas e reivindicações

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Camaradas,
O capital procura passar a ideia de que os jovens não se revêem na dita “luta tradicional” e no movimento sindical da CGTP-IN, que estão conformados e que não querem saber da participação cívica e social, que até gostam de não estarem efectivos na empresa, porque podem facilmente trocar de emprego.
A realidade choca com cada uma destas afirmações e não sou eu que o vou dizer.

Quem o diz é a luta dos jovens trabalhadores da Renault Cacia e da Autoneum, por aumentos salariais e contra a precariedade, dos do sector do Comércio, como a Jerónimo Martins e a Sonae, ou ainda do sector dos espectáculos, como a Plural, pela redução e regulação dos horários e pelo direito à conciliação da vida pessoal com a vida familiar.

É a luta dos jovens trabalhadores da EDP, discriminados nas suas carreiras e que, por via de abaixo-assinados e de greves, conseguiram aumentos médios de 80€ e um salário de entrada na empresa de 1.000€.

É a luta dos jovens trabalhadores dos centros de contacto, da EDP, da Meo, da NOS, da Vodafone e de outros serviços, pela integração nas empresas mãe, e não em empresas de trabalho temporário. E dos trabalhadores da Hotelaria e da restauração em defesa da contratação colectiva e por aumentos salariais dignos, ou os jovens enfermeiros em defesa do Serviço Nacional de Saúde e por mais direitos.

É a luta dos jovens trabalhadores que foram reintegrados ou que viram os seus contratos a passar a efectivos em empresas como a CelCat, a Visteon, a CarrisBus, a Carristur, a Science4you, a SICMAN/SIEMENS, a CAMO, a EDA, a Cabelte, a Brisa, a Autoeuropa, a Frismag, a EZIP, a Carl Zeiss, a Tesco, a Hanon ou a EMEF.

Que o digam os milhares de jovens trabalhadores que disseram presente nas acções convocadas pela Interjovem e pela CGTP-IN e os XXX que se sindicalizaram nos seus sindicatos de classe nos últimos quatro anos e as centenas que foram eleitos delegados e dirigentes sindicais dos sindicatos da CGTP-IN e que provam que este projecto sindical, que comemora 50 anos, tem muito futuro pela frente.

Aí estão, na luta de classes de todos os dias,a demonstrar que participam, que têm interesse, que não se resignam, que resistem, que confiam no movimento sindical unitário e no Partido, que vão à luta e que acreditam que é possível uma vida melhor.

Viva a luta da juventude trabalhadora!
Viva a JCP!

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