Intervenção de João Norte, Membro da Célula dos Trabalhadores dos Moldes e Metalúrgicos da Marinha Grande, XXI Congresso do PCP

A organização do PCP no sector dos moldes

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Camaradas, foi com orgulho e sentido de responsabilidade que aderi ao PCP na campanha dos 5000 contactos. Sendo da Marinha Grande, terra de Abril, o Partido não me era indiferente. Depois veio o encontro, a troca de ideias com outros camaradas, o inconformismo e veio, principalmente, a luta por um ideal, o ideal comunista. Sendo operário nos moldes, a minha integração na organização do Partido foi feita no sector dos moldes e metalúrgicos que se estava a criar no âmbito da campanha de criação das 100 células. Foi-me colocada a tarefa de ser responsável da célula e com os camaradas do sector lançámos mãos ao trabalho. Foram muitos contactos, consultas de ficheiros e reuniões para pôr a célula a funcionar. Criou-se um boletim que intitulámos "O Postiço", nome familiar a todos os trabalhadores do sector, para que se identificassem rapidamente com o seu conteúdo. Na primeira edição escrevemos sobre a precariedade, as horas extra semanais sem remuneração e ao fim de semana pagas ao preço de hora normal. Os horários desregulados, entrar às 5 da manhã e sair às 10 da noite. Os escassos transportes públicos. A situação dos comerciais que depois de jantar ainda têm de estar em contacto telefónico com clientes, o teletrabalho sem horário de saída e com despesas acrescidas, enquanto o salário se mantém igual. No dia 2 de Outubro organizámos o primeiro convívio da célula com o objectivo de apresentar o Partido, debater ideias, falar de dificuldades e da exploração. Tememos que com o surto epidémico, não teríamos uma forte adesão, mas seguimos em frente, conseguindo realizar a iniciativa com 30 camaradas e amigos. Após 5 horas de interacção saíram todos com a ideia de que a luta é o caminho. As sementes lançadas começaram a brotar, logo ali, com a sindicalização de um dos amigos e nas semanas seguintes de mais três. Alargou-se a venda do Avante! E a célula vende hoje 6 exemplares. Entretanto, também os camaradas do sector do vidro da Marinha se lançaram na criação de uma célula, que está a reunir. Realizou o seu primeiro convívio na semana passada e prepara o lançamento de um boletim chamado “O Catraio”. São passos curtos mas muito importantes na nossa luta. Temos a noção que não pode nem vai parar por aqui. São precisas mais iniciativas, vender mais Avantes, lançar novos boletins, conhecer as dificuldades dos trabalhadores e organiza-los, sindicalizar e claro, trazê-los à militância no Partido. Partido que pode continuar a contar com a luta dos trabalhadores da Marinha Grande pois tal como disse o camarada Álvaro Cunhal no comício na nossa cidade a 18 de Janeiro de 75: "A Marinha Grande é um nome escrito a ouro na história do movimento operário português." Continuaremos a honrar estas palavras, lutando por uma política patriótica e de esquerda, pela democracia avançada, rumo ao socialismo e ao comunismo, batendo o pé e fazendo frente a todas as tentativas de exploração. VIVA O POVO E OS TRABALHADORES PORTUGUESES! VIVA O XXI CONGRESSO VIVA A JCP VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS.

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